Análise da Copa do Mundo 2010 [2]

Continuando a série de posts sobre a Copa do Mundo de Futebol da FIFA 2010, hoje faço a análise do Grupo B, às vésperas do jogo de Abertura da competição.

ARGENTINA: Uma das seleções com os maiores valores individuais do Mundial, a Argentina chega à África do Sul após susto durante a fase final das eliminatórias, quando caiu de produção após a ‘posse’ do controverso Maradona como técnico da equipe. O rechonchudo ‘Dieguito’ teve sua última aparição em Copas no ano de 1994, contra a Nigéria, na famosa partida em que saiu de campo acompanhado por uma enfermeira, e tenta retornar à competição com mais prestígio, encarregando-se de levar sua seleção à final da Copa.

Com um enorme poderio ofensivo, composto pelos craques Messi, Agüero, Iguaín, Tévez e Diego Milito, além do veteraníssimo Palermo (atacante do Boca Juniors, time de coração do técnico-cheirador XD), os ‘hermanos’  se baseiam numa das premissas mais utilizadas do meio futebolístico: “a melhor defesa é o ataque”. Isso ao levarmos em conta que o setor defensivo da equipe não passa muita confiança, fato transparente até mesmo nas declarações de Maradona, ao afirmar que sua equipe é composta pelo volante Mascherano (seu único homem de confiança) e mais 10 jogadores, além da muito contestada decisão do mesmo em não convocar os experientes e competentes Zanetti e Cambiasso, zagueiro/lateral e volante, respectivamente, da equipe mais vitoriosa da temporada: a Inter de Milão, que simplesmente conquistou todas as competições que disputou este ano, inclusive a UEFA Champions League.

Infelizmente (ou felizmente, para muita gente XD), a seleção argentina pode ‘pagar o pato’ pelo seu técnico e ser uma das zebras do Mundial, se depender das atitudes e competências de Maradona como treinador, que nem de longe se comparam à capacidade que ele tinha como jogador.
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DESTAQUE: Lionel Andrés MESSI (22 anos, 1,69m, 67kg) – Atacante, com 41 jogos e 13 gols pela seleção. Nascido em Rosário (Argentina), participou da Copa de 2006 na Alemanha, marcando apenas 1 gol. Revelado ainda nas categorias de base do Barcelona (ESP), clube onde joga até hoje e onde já conquistou 3 Campeonatos Espanhóis, 1 Copa do Rei, 3 Supercopas da Espanha, 1 Supercopa Europeia, 2 Ligas dos Campeões e 1 Mundial de Clubes, além de 1 Mundial Sub-20 e uma Olimpíada, ambas pela Argentina.

A seleção argentina estreia na Copa do Mundo curiosamente contra a mesma Nigéria (última seleção que Maradona enfrentou nesta competição, ainda como jogador), com partida a ter início no dia 12/06 (sábado), às 11h (horário de Brasília).

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CORÉIA DO SUL: Uma das sedes da Copa da Mundo de 2002, juntamente com o Japão, a Coréia do Sul chega a mais uma edição da competição, feito que se repete desde 1986, e pensando alto, ao tentar chegar perto  do feito de 8 anos atrás: classificar-se até as quartas de final. Claro que isso será uma tarefa espinhosa para o técnico sul-coreano, Huh Jung-Moo, afinal de contas a Coréia do Sul não tem mais a vantagem de ser a sede da competição, característica essencial para o feito histórico em 2002, onde a seleção conquistou o 4º lugar após derrotar Inglaterra e Espanha no caminho, em partidas recheadas de erros de arbitragem visivelmente tendenciosos para os anfitriões asiáticos.

Mesmo assim a seleção sul-coreana, agora mais experiente, pois conta com uma quantidade razoável de jogadores atuantes em competições do mais alto nível, como é o caso dos principais campeonatos europeus, chega nessa Copa apostando suas fichas na qualidade técnica das duas principais estrelas nacionais: o atacante do Mônaco (FRA) Park Chu-Young, e o capitão da seleção e meio-campista do Manchester United, Park Ji-Sung. Apesar das limitações da equipe, a seleção tem a frente uma tarefa difícil, mas não impossível, se levarmos em conta as seleções adversárias do grupo, com exceção da favorita Argentina.
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DESTAQUE: PARK JI-SUNG (29 anos, 1,75m, 70kg) – Meio-campista, com 85 jogos e 11 gols pela seleção. Nascido em Busan (Coréia do Sul), participou de todas as partidas da seleção nas Copas de 2002 e 2006, marcando 1 gol em cada edição. Conquistou 2 Campeonatos Holandeses e 1 Copa da Holanda pelo seu ex-clube, PSV Eindhoven (HOL), além de 3 Campeonatos Ingleses, 3 Copas da Inglaterra e 1 Mundial Interclubes pelo seu atual clube, Manchester United.

A Coréia do Sul estreia na Copa do Mundo contra a Grécia, no dia 12/06 (sábado), às 8h30 (horário de Brasília).

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GRÉCIA: Após 16 anos, uma das nações mais antigas da humanidade chega à sua segunda Copa do Mundo. Mesmo sendo uma equipe mais experiente que aquela de 1994, goleada pela mesma companheira de chave deste ano, a Argentina (que inclusive ainda tinha Maradona em campo), a seleção grega chega neste Mundial passando a sensação de que será uma simples coadjuvante, que não inspira nem confiança de passar às oitavas.

A ascendente notoriedade da seleção grega nos últimos anos se deveu a impressionante campanha na Eurocopa de 2004, e em seguida na decepcionante desclassificação nas eliminatórias da Copa de 2006. Apesar de tudo, os gregos veem confiantes no seu experiente conjunto, e com certeza adotarão a mesma tática da vitoriosa campanha de 2004: uma equipe sólida na defesa, jogando à base de contra-ataques com lançamentos e bolas alçadas na área adversária, aproveitando a vantagem física de sua dupla de atacantes, Gekas e Charisteas.
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DESTAQUE: Angelos CHARISTEAS (30 anos, 1,90m, 82kg) – Atacante, com 81 jogos e 23 gols pela seleção. Estreante em Copas do Mundo, o jogador do Hertha Berlim (ALE) já conquistou 1 Campeonato Alemão e 1 Copa da Alemanha pelo seu clube atual, além de 1 Eurocopa pela seleção grega.

A Grécia estreia na competição contra a Coréia do Sul, no dia 12/06 (sábado), às 8h30 (horário de Brasília).

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NIGÉRIA: Uma das tradicionais seleções africanas em participações em Copas do Mundo, a Nigéria chega à África do Sul pra fazer história. Quer aproveitar o fator “casa” para tentar pelo menos repetir o feito da consagrada seleção de 1998, que chegou as oitavas de final com méritos, além de tentar apagar os fiascos mais recentes, como a eliminação ainda na primeira fase em 2002, e a ausência da competição seguinte, na Alemanha.

O 3º lugar na Copa Africana de Nações deste ano não convenceu, tanto que o resultado insatisfatório forçou a contratação do ex-técnico da Suécia (uma das tristes ausências desta Copa), Lars Lagerback. Uma das grandes armas da seleção nigeriana é o ‘carrasco’ da seleção brasileira nas Olimpíadas de Atlanta em 1996, Nwankwo Kanu, agora com 33 anos e muita experiência. Além dele, a equipe africana conta também com outros bons talentos atuantes no futebol europeu, como Obi Mikel, Obafemi Martins, Yakubu, entre outros.
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DESTAQUE: Obafemi Akinwunmi MARTINS (25 anos, 1,70m, 66kg) – Atacante, com 31 jogos e 16 gols pela seleção. Nascido em Lagos (Nigéria), o jogador do Wolfsburg (ALE) é estreante em Copas do Mundo. Já conquistou 1 Campeonato Italiano, 2 Copas da Itália e 2 Supercopas da Itália, todos pela Internazionale de Milão (ITA).

A Nigéria estreia na competição em seu continente contra uma das favoritas ao título, Argentina, no dia 12/06 (sábado), às 11h (horário de Brasília).

QUEM PASSA DA 1ª FASE? ARGENTINA E CORÉIA DO SUL.

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